quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Obrigada Papa Bento XVI


 
Hoje senti vontade como nunca, de agradecer a Deus pelo Papa Bento XVI.
No dia 11 de fevereiro quando falou que iria renunciar, me senti orfã, agoniada, só sabia dizer: E agora? Hoje, depois do susto, são suas próprias palavras que vão me dando forças, me traquilizando, devolvendo a paz.
            Em seu livro “A alegria da fé”, o Papa Bento XVI diz que, “a teologia da Cruz não é uma teoria: é a realidade da vida cristã. Viver na fé em Jesus Cristo, viver a verdade e o amor, implica renúncias diárias, implica sofrimentos. O Cristianismo não é o caminho da comodidade, mas sim uma escalada exigente, embora iluminada pela cruz e pela grande esperança que dele nasce. Diz Santo Agostinho: aos cristão não é poupado o sofrimento, pelo contrário, toca-lhes um pouco mais de sofrimento, porque viver a fé exprime a coragem de enfrentar a vida e a história com maior profundidade”.
            Neste tempo em que esteve a frente da Igreja, sabemos que ele passou por mares mais calmos e mais agitados e depois de muita oração, reconhecendo que já não tinha mais forças físicas e espirituais para continuar, com uma coragem e humildade enormes, renunciou, para o bem da Igreja. “Sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor”, disse em sua última catequese. E se Deus quer assim, quem somos nós para dizer que não.


Obrigada Papa Bento XVI


Por toda a sua coragem, humildade e força nestes 8 anos de pontificado.


sábado, 23 de fevereiro de 2013

Espírito de firmeza


“Ó meu Deus, criai em mim um coração puro e renovai-me o espírito de firmeza!”


            Este é um clamor que deve ser constante nos nossos lábios. Quantas vezes na nossa vida, nos deparamos com situações que nos entristecem, nos aborrecem, nos jogam para o chão e nos deixa com um espírito fraco. Quantas vezes sentimos vontade desistir de tudo, e pensamos que tudo que estamos fazendo não está dando resultado e aí começamos a sentir Deus muito longe.
            Em primeiro lugar devemos ter em mente que o inimigo de Deus não descansa um só minuto na sua tarefa de nos levar contra Ele, por isso mesmo jamais devemos deixar de ser uma alma orante. Se o inimigo não descansa, eu também não devo “descansar” na minha oração. É preciso de verdade ter um espírito forte e decidido. Se me sinto fraco, busco ajuda, faço uma mortificação, exponho tudo isto ao meu diretor espiritual. Se não tenho, procuro um. O que não posso é deixar que isto me domine e me arraste pra um caminho contrário. Devo recordar constantemente, pois se sei que às vezes nos esquecemos, que somos filhos de Deus. O que o demônio mais quer é isto, que nos esqueçamos disto.
            Depois, se nos sentimos tristes devemos pensar que não estamos suficientemente perto de Deus. Podemos nos sentir tristes sim, com alguma situação, algo que aconteceu, porém momentaneamente. Permanecer assim é um perigo grande, leva a alma ao desânimo e quantas coisas ruins nascem daí.
            Procuremos estar sempre vigilantes e fazer esta pergunta: Será que o dia de hoje foi bom? Fiz coisas por Deus ou pela minha vanglória? Pois “quem procura Deus querendo continuar com seus gostos, procura-o de noite e, de noite não o encontrará.”
          O tempo da Quaresma que estamos vivendo agora, é um tempo de mudança e de esperança. Tenho deixado verdadeiramente Deus agir, mudar o meu coração ou ainda continuo agarrado a algumas coisas? Tenho vivido com espírito de firmeza ou tenho andado a titubear de um lado para outro. Ora estou bem, ora mal, ora animado, ora desanimado. Se tem sido assim, não se desanime, tem paciência com todos, mas principalmente com você mesmo. Recomece sempre!
            Se hoje você acordou, estar vivo, é mais uma oportunidade que Deus te dá para melhorar, recomeçar, aprender, ensinar, fazer diferente... Jamais pense ter feito muito. Só Deus fez muito por nós, aliás, fez tudo!
           Deus o abençoe!

     

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Por que o Papa Bento XVI renunciou?


                                               Non prævalebunt!

Na manhã deste dia 11 de fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes, fomos colhidos pela notícia espantosa de que o Santo Padre, o Papa Bento XVI, renunciou ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro.
Em discurso ao Consistório dos Cardeais reunidos diante dele, o Papa declarou que o faz "bem consciente da gravidade deste ato" e "com plena liberdade".
É evidente que a renúncia de um Papa é algo inaudito nos tempos modernos. A última renúncia foi de Gregório XII em 1415. A notícia nos deixa a todos perplexos e com um grande sentimento de perda. Mas este sentimento é um bom sinal. É sinal de que amamos o Papa, e, porque o amamos, estamos chocados com a sua decisão.
Diante da novidade do gesto, no entanto, já começam a surgir teorias fabulosas de que o Papa estaria renunciando por causa das dificuldades de seu pontificado ou que até mesmo estaria sofrendo pressões não se sabe de que espécie.
O fato, porém, é que, conhecendo a personalidade e o pensamento de Bento XVI, nada nos autoriza a arriscar esta hipótese. No seu livro Luz do mundo (p. 48-49), o Santo Padre já previa esta possibilidade da renúncia. Durante a entrevista, o Santo Padre falava com o jornalista Peter Seewald a respeito dos escândalos de pedofilia e as pressões:
"Pergunta: Pensou, alguma vez, em pedir demissão?
Resposta: Quando o perigo é grande, não é possível escapar. Eis por que este, certamente, não é o momento de demitir-se. Precisamente em momentos como estes é que se faz necessário resistir e superar as situações difíceis. Este é o meu pensamento. É possível demitir-se em um momento de serenidade, ou quando simplesmente já não se aguenta. Não é possível, porém, fugir justamente no momento do perigo e dizer: "Que outro cuide disso!"
Pergunta: Por conseguinte, é imaginável uma situação na qual o senhor considere oportuno que o Papa se demita?
Resposta: Sim. Quando um Papa chega à clara consciência de já não se encontrar em condições físicas, mentais e espirituais de exercer o encargo que lhe foi confiado, então tem o direito – e, em algumas circunstâncias, também o dever – de pedir demissão.
Ou seja, o próprio Papa reconhece que a renúncia diante de crises e pressões seria uma imoralidade. Seria a fuga do pastor e o abandono das ovelhas, como ele sabiamente nos exortava em sua homilia de início de ministério: "Rezai por mim, para que eu não fuja, por receio, diante dos lobos" (24/04/2005)."
Se hoje o Papa renuncia, podemos deduzir destas suas palavras programáticas, é porque vê que seja um momento de serenidade, em que os vagalhões das grandes crises parecem ter dado uma trégua, ao menos temporária, à barca de Pedro.
Podemos também deduzir que o Santo Padre escolheu o timing mais oportuno para sua renúncia, considerando dois aspectos:
Ele está plenamente lúcido. Seria realmente bastante inquietante que a notícia da renúncia viesse num momento em que, por razões de senilidade ou por alguma outra circunstância, pudéssemos legitimamente duvidar que o Santo Padre não estivesse compos sui (dono de si).
Estamos no início da quaresma. Com a quaresma a Igreja entra num grande retiro espiritual e não há momento mais oportuno para prepararmos um conclave através de nossas orações e sacrifícios espirituais. O novo Pontífice irá inaugurar seu ministério na proximidade da Páscoa do Senhor.
Por isto, apesar do grande sentimento de vazio e de perplexidade deste momento solene de nossa história, nada nos autoriza moralmente a duvidar do gesto do Santo Padre e nem deixar de depositar em Deus nossa confiança.
Peçamos com a Virgem de Lourdes que o Senhor, mais uma vez, derrame o dom do Espírito Santo sobre a sua Igreja e que o Colégio dos Cardeais escolha com sabedoria um novo Vigário de Cristo.
Nosso coração, cheio de gratidão pelo ministério de Bento XVI, gostaria que esta notícia não fosse verdade. Mas, se confiamos no Papa até aqui, porque agora negar-lhe a nossa confiança? Como filhos, nos vem a vontade de dizer: "não se vá, não nos deixe, não nos abandone!"
Mas não estamos sendo abandonados. A Igreja de Cristo permanecerá eternamente. O que o gesto do Papa então pede de nós, é mais do que confiança. É fé!
Fé naquelas palavras ditas por Nosso Senhor a São Pedro e a seus sucessores: "As portas do inferno não prevalecerão!" (Mt 16, 18).
Estas palavras permanecem inabaláveis através dos séculos!

Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
Diocese de Cuiabá

Fonte: Canção Nova




domingo, 3 de fevereiro de 2013

Quaresma



           
Quaresma é o período de penitencia e preparação para a páscoa. É a lembrança dos 40 dias e 40 noites que Cristo passou no deserto e também dos 40 anos que os Judeus caminharam até chegarem à terra Prometida.

O período da Quaresma corresponde aos quarenta dias anteriores à Semana Santa. Começa na Quarta-feira de Cinzas e vai até o Domingo de Ramos.

A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma, as cinzas que recebemos na testa neste dia, é um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida. Uma das frases - no momento da imposição das cinzas - serve de lembrete para nós: “Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar.” A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus.

É um tempo de muita conversão, de muita oração, de arrependimento, um tempo de voltarmos para Deus. Devemos nos preparar para o começo da Quaresma compreendendo o significado profundo das cinzas que recebemos. É um tempo para examinar nossas ações atuais e passadas e arrependermos-nos profundamente por nossos pecados. Só assim poderemos voltar nossos corações genuinamente para Nosso Senhor, que sofreu, morreu e ressuscitou pela nossa salvação. Além do mais esse tempo nos serve para renovar nossas promessas batismais, quando morremos para a vida passada e começamos uma nova vida em Cristo.

A Quaresma é tempo conversão, tempo de silêncio, de penitência, de jejum e de oração.
        
Nesse tempo santo, a Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade.
            
As principais graças da Quaresma são: a conversão, a reconciliação e a partilha.

SIMBOLOS DA QUARESMA

São vários os símbolos e atitudes que acompanham esse tempo. Os mais importantes são:

A cor roxa: significa luto e penitência. A Quaresma se manifesta também no visual do espaço celebrativo, sóbrio. Por isso, nesse tempo, se evita enfeitar o altar com flores, para 4º domingo é permitido usar o rosa esta é a razão pelo qual a liturgia da igreja chama este domingo da Quaresma “domingo da alegria” Porque é a Páscoa do Senhor – sua paixão, morte e ressurreição – nos dá a certeza da vitória sobre a morte e o pecado.
Ausência de palmas e cantos de aleluia: Neste período também se recomenda á equipe de liturgia e canto, que preparem a celebração sem cantos que tragam a palavra “aleluia” ou que levem os paroquianos a baterem palmas, em sinal de um tempo de abstinência.
Ausência do rito de louvor: Também na liturgia das missas é retirado o canto de louvor, que vem logo após o rito penitencial, pelo mesmo motivo pelo qual não se batem palmas ou cantam-se louvores.
O jejum: É costume jejuar na Quaresma, ainda que ele seja válido em qualquer época do ano. A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função.


O percurso da Quaresma é acompanhado pela realização da Campanha da Fraternidade – a maior campanha da solidariedade do mundo cristão. Cada ano é contemplado um tema urgente e necessário.

A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda os cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige a participação de todos na sua solução. Ela tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida da igreja e ao mesmo tempo resolver problemas reais.

Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor: exigência central do Evangelho. Renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
        

*Fontes diversas.